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Para arrumar a bagunça em Nova York

  • Foto do escritor: antonio pedro simao
    antonio pedro simao
  • 23 de jan.
  • 2 min de leitura


Nesta quarta-feira, o New York Jets anunciou a contratação de Aaron Glenn como seu novo Head Coach. Glenn, que atuava como Defensive Coordinator do Detroit Lions, ganhou destaque ao transformar uma defesa cheia de fragilidades em uma unidade sólida, chegando ao Top 10 em takeaways e scoring defense. Apesar do desempenho positivo, a defesa do Lions foi superada em momentos cruciais, como na derrota para o Washington Commanders. Agora, Glenn assume o desafio de reorganizar os Jets e buscar uma tão esperada temporada vitoriosa.

Nos Lions, Glenn trabalhou com talentos como Kirby Joseph, Aidan Hutchinson, Alex Anzalone e Terrion Arnold. Nos Jets, ele terá ainda mais recursos à disposição, incluindo nomes de peso como Quinnen Williams e Sauce Gardner. Isso torna sua contratação promissora, pois ele herda uma defesa com potencial de ser uma das melhores da NFL. O objetivo é claro: reerguer a franquia, que há anos acumula temporadas medíocres.

Entretanto, a dinâmica entre Glenn e Aaron Rodgers, o experiente quarterback dos Jets, pode ser um ponto sensível. Rodgers, conhecido por seu temperamento forte e desejo de ter voz ativa no time, pode desafiar a autoridade de Glenn, especialmente considerando que Glenn será o quinto técnico da história dos Jets a também ser um ex-jogador da equipe. Como cornerback, Glenn teve uma carreira notável nos Jets e carrega consigo um vínculo emocional com a franquia, o que pode ajudar a conquistar o respeito do elenco.

Ainda assim, o histórico recente dos Jets é preocupante. Robert Saleh, ex-Head Coach da equipe, chegou ao cargo após se destacar como Defensive Coordinator em uma das melhores defesas da NFL, no San Francisco 49ers, mas não conseguiu replicar esse sucesso em Nova York, enfrentando dificuldades com o ego e a influência de Rodgers. Saleh acabou demitido, mostrando como o ambiente dos Jets pode ser desafiador para qualquer técnico.

Outro fator crítico é a gestão da franquia. O proprietário Woody Johnson é frequentemente apontado como o principal obstáculo para o sucesso dos Jets. Sob sua liderança, o time tem sido uma “poverty franchise”, incapaz de sustentar resultados consistentes. Para muitos, a solução ideal seria uma mudança de comando também na propriedade, abrindo caminho para uma gestão mais eficiente e ambiciosa.

Aaron Glenn chega com um currículo respeitável e uma conexão especial com a franquia. No entanto, para ele transformar os Jets em uma equipe competitiva, será necessário superar não apenas os desafios táticos, mas também os problemas internos e estruturais que têm assombrado a organização.

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