GUERRA DA MIDIA POLÍTICA
- antonio pedro simao
- 6 de jan.
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Na primeira semana de 2025, Donald Trump negou categoricamente os rumores de que seu governo planeja reduzir aspectos das políticas tarifárias. A polêmica surgiu após uma reportagem do Washington Post, que alegava que a administração Trump estaria considerando reduzir tarifas para beneficiar os setores mais ricos dos Estados Unidos.
De acordo com o Washington Post, que citou três fontes anônimas, há discussões em andamento dentro do governo sobre a imposição de tarifas mais seletivas, focadas apenas em setores considerados vitais para a segurança nacional ou econômica. Caso confirmada, essa abordagem representaria uma mudança significativa em relação às promessas feitas por Trump durante sua campanha presidencial de 2024.
Durante a campanha, Trump prometeu adotar uma postura agressiva no comércio internacional, incluindo a imposição de uma tarifa de 10% sobre todas as importações para os Estados Unidos e uma tarifa ainda mais elevada, de 60%, sobre produtos chineses. Tais medidas, segundo especialistas, poderiam prejudicar os fluxos comerciais globais, aumentar os custos para consumidores e empresas americanas e provocar retaliações de parceiros comerciais.
Curiosamente, as incertezas sobre a política tarifária de Trump têm refletido positivamente na Bolsa brasileira. O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, se torna mais atraente nesse cenário, já que as possíveis restrições ao comércio global impulsionam o fluxo de capital para mercados emergentes. Além disso, a volatilidade gerada nos mercados americanos incentiva investidores a diversificar seus portfólios, beneficiando ações brasileiras, especialmente em setores como commodities e exportação.
Trump, que assumirá a presidência em 20 de janeiro, continua a afirmar que sua política tarifária visa proteger a economia americana e os trabalhadores do país. No entanto, as recentes alegações alimentam questionamentos sobre o verdadeiro rumo que seu governo dará às questões comerciais, ao mesmo tempo que criam oportunidades inesperadas para economias emergentes, como a brasileira.




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