DÉJÀ VU NO CRUZEIRO?
- antonio pedro simao
 - 5 de jan.
 - 2 min de leitura
 

O Cruzeiro está protagonizando uma das janelas de transferências mais marcantes de sua história recente. Um ano após a implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o clube mineiro está apostando pesado em nomes de peso e experiência, seguindo uma estratégia que, para muitos, remete a um projeto bem-sucedido no futebol brasileiro: o Fluminense de Fernando Diniz.
Essa abordagem, que mistura a busca por jogadores consagrados e veteranos com a visão de um treinador com filosofia de jogo clara, parece um espelho do que o Fluminense implementou nos últimos anos. Sob o comando de Diniz, o time carioca colheu frutos expressivos, conquistando dois Campeonatos Cariocas e, mais recentemente, a tão sonhada Copa Libertadores. O segredo? Um equilíbrio entre experiência, técnica e uma mentalidade ofensiva que valoriza a posse de bola e a intensidade.
Assim como o Fluminense apostou em jogadores experientes como Marcelo, Felipe Melo e Ganso, o Cruzeiro está seguindo o mesmo caminho. A diferença é que, em Belo Horizonte, essa abordagem surge em um momento de reconstrução, com a SAF oferecendo a estabilidade financeira necessária para realizar contratações de impacto. O objetivo é claro: recolocar o clube entre os protagonistas do futebol brasileiro e, quem sabe, repetir o sucesso recente do Tricolor carioca.
No entanto, existem desafios. A estratégia de contar com atletas mais veteranos exige uma gestão cuidadosa de elenco, especialmente em um calendário tão exigente como o do futebol brasileiro. O Fluminense teve sucesso porque encontrou um treinador que soube extrair o máximo de seus jogadores, combinando experiência com jovens talentos. O Cruzeiro precisará seguir o mesmo caminho, garantindo que sua aposta em atletas mais rodados venha acompanhada de um sistema de jogo eficiente e de uma base de jovens que complemente a equipe.
Ainda assim, a torcida cruzeirense tem motivos para sonhar. Se o Fluminense conseguiu transformar uma estratégia parecida em títulos e reconhecimento internacional, não há razão para o Cruzeiro não almejar o mesmo. A SAF trouxe não apenas estabilidade financeira, mas também a ambição necessária para recolocar o clube na rota de grandes conquistas. E, como a história recente do futebol brasileiro mostrou, apostar no equilíbrio entre experiência e planejamento pode ser a chave para o sucesso.
Será que o Cruzeiro está prestes a viver seu próprio “dèjà vu”, desta vez inspirado no sucesso de Fernando Diniz e do Fluminense? O tempo dirá, mas o céu é o limite para a Raposa em sua nova era.



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